segunda-feira, 10 de agosto de 2009

VOÇÊ É VAGALUME OU BESOURO?

Vaga-lumes são besouros que emitem luz. Conheço um monte de gente que detesta besouros. Nunca vi ninguém reclamar de vaga-lumes. A presença deles é sempre comemorada, amigos param para contemplar vaga-lumes em meio à escuridão. O interessante, no caso desses insetos, é que só as espécies mais evoluídas possuem a bioluminescência (como é chamado o fenômeno), porque ela facilita a comunicação sexual e a defesa. Aos que não emitem luz, resta dedicarem-se às atividades diurnas. Incrível mesmo, é que todos nós, humanos, também somos emissores de luz – uns mais, outros menos. O curioso é que, ao contrário da receptividade aos bichinhos luminosos, nem sempre é fácil tolerar alguém brilhando mais do que a gente. Parar para analisá-lo está fora de cogitação. Chamar os amigos para comentar o assunto? Nem pensar. A saída é tentar ignorar o brilho que, muitas vezes, ofusca nossos olhos. Ou, melhor ainda, reclamar desse brilho, subjugá-lo, desmerecê-lo. Ai, os humanos-besouro... Não sabem que são igualmente interessantes e que têm opções do trabalho diurno? Em vez de refletir e tentar evoluir a espécie, criticam quem já evoluiu. Acho bem chato esse comportamento que permeia nossas relações sociais. Mas nem tudo está perdido. O britânico Charles Darwin (1809-1882) convenceu a comunidade científica sobre a teoria da seleção natural, à qual somente os seres mais aptos evoluiriam. No nosso caso, podemos optar pela evolução – pessoal e do mundo que nos cerca. Um dos princípios básicos da Cabala – misticismo judaico – afirma que recebemos luz dependendo das dificuldades das ações empreendidas por nós. Conectando com uma energia superior, podemos superar obstáculos e garantir força. Não seria ótimo se todos nos concentrássemos em emitir a maior quantidade de luz que pudéssemos, em vez de tentar enfraquecer a luz do outro? Não é o caminho mais fácil, mas certamente a recompensa é bem melhor. No final das contas, o que realmente vai fazer a diferença é quanta luz revelamos – e propagamos – em nossas vidas.

Um comentário:

Anônimo disse...

ADOREI!!! lindo, muitos deveriam ler e refletir sobre isso, porque hoje , nos dias atuais, parece ser isso o que mais encontramos em nosso dia a dia: pessoas querendo enfraquecer a luz dos outros.
beijo no seu coração!!!angela
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