quinta-feira, 13 de setembro de 2007

LEIAM AMIGAS LEIAM

O meu país (Orlando Tejo / Edvaldo Chaves / Divaldo Alves)  Um país que crianças elimina e não ouve o clamor dos esquecidos. Onde nunca os humildes são ouvidos e uma elite sem Deus é que domina. Que permite um estupro em cada esquina e a certeza da dúvida infeliz, onde quem tem razão baixa a cerviz e maltratam o negro e a mulher, pode ser um país de quem quiser, mas não é, com certeza, o Meu País. Um país onde as leis são descartáveis por ausência de códigos corretos com 90 milhões de analfabetos e multidão maior de miseráveis um país onde os homens confiáveis não têm voz, não têm vez, nem diretriz, mas corruptos têm voz, têm vez, têm bis e o respaldo de um estímulo incomum pode ser o país de qualquer um, mas não é, com certeza, o Meu País.   Um país que os seus índios discrimina, e a ciência e a arte não respeita, um país que ainda morre de maleita por atraso geral da medicina, um país onde a escola não ensina e o hospital não dispõe de raio-x onde o povo da vila só é feliz quando tem água de chuva e luz de sol pode ser o país do futebol, mas não é, com certeza, o Meu País. Um país que é doente, não se cura, quer ficar sempre no terceiro mundo Que do poço fatal chegou ao fundo, sem saber emergir da noite escura. Um país que perdeu a compostura, atendendo a políticos sutis, que dividem o Brasil em mil "Brasis", para melhor assaltar de ponta-a-ponta, pode ser um país de faz-de-conta, mas não é, com certeza, o Meu País.   Um país que perdeu a identidade, sepultou o idioma português aprendeu a falar pornô e inglês, aderindo à global vulgaridade. Um país que não tem capacidade de saber o que pensa e o que diz. E não sabe curar a cicatriz desse povo tão bom que vive mal, pode ser o país do carnaval, mas não, é com certeza, o Meu País. Interpretação: João de Almeida Neto Adaptação: Walmir Battu.´.

Um comentário:

Livia disse...

Perfeito, amiga.
É nosso sentimento de indignação traduzido em versos.
Beijos e muita prece pra este povo do nosso País!